Efeito Zé Pequeno

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Por Hilton Souza


“Segurança pública nós vamos ter quando tivermos ações sociais nas grandes áreas de conflito, ruas asfaltadas, coleta de lixo, esgoto, opções de trabalho, oportunidade de educação para todos esses jovens aí”. Essa frase do secretário de segurança César Nunes em entrevista ao A Tarde de 08 de janeiro, me sensibilizou muito. Ele sim, parece falar minha língua, sente o que sinto e diz o que penso!
Assisto de quando em vez alguns desses programas sensacionalistas do meio dia. Vejo alguns relatos de jovens marginais. O famoso “mão branca” que faz perguntinhas indiscretas anda juntando as peças do quebra-cabeça e nos faz sorrir. Mas a coisa é séria, a perguntinha sobre o grau de escolaridade dos marginais confirma a carência educacional que nos reflete.
Não tenho dúvida que a droga tem laços diabólicos, que os drogados são os “zumbis” de filmes de terror, que os crimes são bolinhas de sabão e que o diabinho provocador de tudo isso, sorrir a cada pedra de craque distribuída. Não se ver mais garotinho “cheira cola”. Traficante não paga imposto, não aceita moedas, não perdoa dívida, rara vezes vende parcelado, não aceita cartões de crédito e odeia você, cidadão honesto.
Quem assistiu o filme “Cidade de Deus” certamente lembrará do personagem que se destacou como o dono da situação do tráfico. “Zé pequeno” era o único bandido daquela região que os jovens tinham como referência, cheio da grana fazia o que queria e sempre tava ao lado do povo. Matava os outros "donos das bocas" e assumia tudo, até que um dia, suas crias o mataram.
Infelizmente, o assistencialismo dos bandidos vai onde os jovens estão, os bandidos dão os cadernos aos jovens, nem que seja para embalar as drogas. Os bandidos não dão asfalto, mas dá a perspectivas de ter um tênis macio pra pisar na lama! É preciso que os governantes acordem, sigam os conselhos do secretário, dêem ritmos e corra em resgate esse povo que está preso a lama das drogas.

Triste fim!

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